Comércio Internacional
de Bens de Equipamento
2019-2020
( disponível para download >> aqui )
1 - Nota
introdutória
Neste trabalho analisa-se
a evolução recente do comércio internacional português de Bens de Equipamento,
com alguma desagregação do tipo de produtos envolvidos. Os Bens de Equipamento,
necessários para a produção de outros tipos de bens, incorporam tecnologias mais
sofisticadas do que os restantes, logo com maior valor acrescentado, sendo importante
a análise da evolução das suas exportações. Por sua vez, a evolução das importações
deste tipo de bens, em particular os destinados à manutenção de máquinas e equipamentos
industriais, ampliações e criação de novas indústrias, está directamente
relacionada com a capacidade produtiva do país, e logo também com a
dinâmica das exportações.
Utilizaram-se aqui dados estatísticos
divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) para
os anos de 2019 (versão definitiva) e 2020 (versão preliminar), com última actualização
em 9 de Abril de 2021.
Os Bens de Equipamento aqui
considerados envolvem os códigos 41 (Máquinas e outros bens de capital, excepto
material de transporte) e 521 (Material de transporte para fins industriais), constantes
da Classificação por Grandes Categorias Económicas, Revisão-3 (CGCE-Rev3). Nos
quadros que se seguem os produtos que os integram encontram-se descritos como
“Ex” (parte de) a dois e quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, a
partir de uma tabela de correspondência a oito dígitos.
2 - Balança
Comercial dos Bens de Equipamento
Em 2020 a Balança Comercial de Bens de Equipamento foi deficitária, tendo o saldo negativo registado um decréscimo de 2 mil milhões de Euros face ao do ano anterior, na sequência de uma redução de -22,8% nas importações, a par de uma redução de menor amplitude nas exportações, -8,6%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a subir de 60,9%, em 2019, para 72,0%, em 2020.
O peso dos Bens de
Equipamento nas importações globais desceu de 14,3%, em 2019, para 13,0%, em 2020,
tendo subido ligeiramente do lado das exportações, de 11,6% para 11,8%.
3 – Importações
de Bens de Equipamento por agrupamentos
As “Máquinas e aparelhos”, quer “mecânicos”
quer “eléctricos”, representaram 64,0% do total das importações em 2020 (52,2%
em 2019).
Entre os restantes
agrupamentos, destacam-se o “Mobiliário diverso, como para dentistas,
hospitais e escritório, entre outros”, as “Obras de ferro, reservatórios
e recipientes para gases”, as “Ferramentas e objectos diversos em metais
comuns”, as “Máquinas de jogos, de casino, carrocéis, baloiços e outros”
e os “Reservatórios e recipientes diversos de alumínio”.
Do Anexo-1 consta
o descritivo desagregado a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada de todos os agrupamentos
de produtos considerados.
4 – Exportações
de Bens de Equipamento por agrupamentos
Nas
exportações de Bens de Equipamento predominaram as “Máquinas e aparelhos
mecânicos”, os “Aparelhos ópticos, de medida, de
precisão ou médicos”, as “Máquinas e aparelhos
eléctricos” e os “Veículos para dez
ou mais passageiros, de mercadorias, tractores e reboques” , agrupamentos
de produtos que representaram 89,0% do Total em 2020 (85,3% em 2019).
Com menor
expressão alinharam-se depois, entre os principais tipos de produtos, as “Obras de ferro, reservatórios e recipientes para gases”, as “Aeronaves”, e o “Mobiliário diverso, para: dentistas, hospitais, escritório
e outros”.
Do Anexo-2 consta
o descritivo desagregado a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada de todos os
agrupamentos de produtos considerados.
5 – Mercados de origem e de destino das importações e das exportações de Bens de Equipamento
Em 2020 as
importações de Bens de Equipamento com origem no espaço Intra-UE (27)
representaram 81,4% do Total.
Por sua vez, 70,5%
das exportações tiveram a Comunidade por destino.
Os principais
mercados de origem das importações de Bens de Equipamento em 2020 foram a Espanha (25,7%
do Total), a Alemanha (18,4%), a França (10,5%), os Países Baixos (9,8%), a
Itália (7,1%) e a China (6,0%).
Seguiram-se, entre as
principais origens, o Reino Unido (3,0%), a Bélgica (2,5%), os EUA (2,2%), o
Vietname (1,9%), a República Checa (1,7%), a Turquia (1,4%) e a Polónia (1,3%).
Do lado das
exportações destacaram-se a França (17,8%), a Espanha (17,7%), a Alemanha
(16,5%), o Reino Unido (8,0%) e os EUA (5,4%).
Seguiram-se os Países
Baixos (2,9%), Angola (2,8%), a Itália (2,6%), a Roménia (2,2%), a Bélgica (1,9%),
a Eslováquia (1,8%), a República Checa (1,7%), a Polónia e a Suécia (1,1% cada)
e a Hungria (1,0%).
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