segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Comércio Externo da Fed. Russa e Portugal-Fed. Russa - 2018-22 e Jan-Julho 2022-23

 

Comércio Externo da Fed.Russa
Portugal-Fed.Russa
2018-2022
Janeiro-Julho 2022-2023

( disponível para download  >> aqui )


1 - Introdução

Neste trabalho é feita uma breve análise do Comércio Externo da Federação Russa ao longo do período 2018-2022, com base em dados calculados pelo ’International Trade Centre’ (ITC) a partir de dados de fonte “Estatísticas Alfandegárias Russas” para 2018-2021 e dos seus parceiros comerciais para 2022 (mirror data).

Segue-se uma análise da evolução do Comércio Internacional de Portugal com este país entre 2018 e 2022 e período acumulado de Janeiro a Julho de 2022 e 2023, com base em versões definitivas do ‘Instituto Nacional de Estatística de Portugal’ (INE) para os anos de 2018 a 2022 e versão preliminar para o período em análise de 2023.

2 – Comércio Externo da Fed.Russa (2018-2022)

2.1 – Balança Comercial

Entre os anos 2018 e 2022 a Balança Comercial da Fed.Russa foi ‘superavitária’, com o saldo a situar-se em +354,2 mil milhões de Euros em 2022.

Em 2022 as importações decresceram -25,1% face ao ano anterior e as exportações aumentaram +29,7%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a situar-se em 290,7%.

O ritmo do nível das importações manteve-se até 2021 acima do nível que detinham em 2018, desacelerando significativamente em 2022. Por sua vez o ritmo das exportações, que havia desacelerado até 2020, inverteu essa tendência, atingindo 141,9% em 2022, face ao nível que detinham em 2018.

2.2 – Importação

Em 2022, numa análise das importações de mercadorias por grupos de produtos (ver definição do conteúdo dos grupos em Anexo), as principais importações na Fed.Russa incidiram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (31,1% do Total e 28,7% em 2021), “Químicos” (22,8% e 18,1%) e “Agro-alimentares” (12,3% e 11,3%). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (8,6% e 11,6%), “Minérios e metais” (8,2% e 8,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (7,9% e 9,4%), “Têxteis e vestuário” (5,8% e 4,5%), “Calçado, peles e partes” (2,3% e 1,6%), “Madeira, cortiça e papel” (1,4% nos dois anos), “Energéticos” (1,1% e 0,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,9% e 1,7%).

2.3 – Exportação

Em 2022 as principais exportações de mercadorias da Fed.Russa incidiram no grupo de produtos “Energéticos” (68,5% do Total e 43,1% em 2021).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (13,3%, com 18,5% em 2021), “Químicos” (7,0% e 7,2%), “Agro-alimentares” (5,8% e 6,6%), “Madeira, cortiça e papel” (2,5% e 3,4%), “Produtos acabados diversos” (1,2% e 16,0%) e “Maquinas, aparelhos e partes” (1,1% e 3,4%).

De acordo com os dados do ITC, em 2022 as exportações da Fed.Russa para Portugal terão totalizado 619 milhões de Euros (0,1% do Total), cabendo os maiores pesos aos grupos de produtos “Calçado, peles e couros” (0,8% do grupo), “Agro-alimentares” e “Químicos” (0,3% cada), “Têxteis e vestuário” (0,2%), “Energéticos” e “Madeira, cortiça e papel” (0,1% cada).  

2.4 – Principais mercados

Não se encontrando disponíveis na base de dados do ITC dados das importações e exportações da Fed.Russa para 2022, vão aqui ser comparados os valores correspondentes aos anos de 2020 e 2021.

Em 2021 o principal mercado de origem e de destino das importações e das exportações da Fed.Russa foi a China, com respectivamente 24,8% e 14,0% do Total.

Do lado das importações seguiram-se, entre os principais mercados, a Alemanha (9,3%), os EUA (5,9%), a Bielorrússia (5,3%), a Coreia do Sul (4,4%), a França (4,2%), a Itália (4,1%), o Japão (3,1%), o Cazaquistão (2,4%), a Turquia (2,2%), a Polónia (2,0%), o Vietname (1,7%), o Reino Unido, a Índia e os Países Baixos (1,5% cada).

Do lado das exportações salientaram-se depois os Países Baixos (8,6%), a Alemanha (6,0%), a Turquia (5,4%), a Bielorrússia (4,7%), o Reino Unido (4,5%), a Itália (3,9%), o Cazaquistão (3,8%), os EUA (3,6%), a Coreia do Sul e a Polónia (3,4% cada), o Japão (2,2%), a França e a Finlândia (2,0% cada), a Índia (1,9%), a Bélgica (1,8%) e a Ucrânia (1,7%).

3 – Comércio de Portugal com a Federação Russa

Como se pode observar na figura seguinte, face ao nível que detinha em 2010, a partir de 2015 o ritmo de crescimento das importações, com um pico em 2017 (381,4%), exceptuando o ano de 2020, manteve-se até 2022 sempre acima do ritmo das exportações.

Em 2022 assistiu-se a uma desaceleração acentuada em ambas as vertentes, atingindo as exportações um nível inferior ao de 2010.

3.1 – Balança Comercial

         (2018-2022 e Janeiro-Julho 2022-2023)

A Balança Comercial de Portugal com o Fed.Russa foi deficitária entre 2018 e 2022, bem como no período de Janeiro a Julho de 2022 e 2023.

Nos primeiros sete meses de 2023, face ao mesmo período do ano anterior, as importações e as exportações decresceram acentuadamente, respectivamente -62,2% e -72,6%.

Registou-se uma redução do défice de -468 para -148 milhões de Euros, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 34,1% para 24,7%.


3.2 – Importação

Numa análise por grupos de produtos (ver a composição dos grupos em Anexo), a principal importação portuguesa com origem na Fed.Russa no período de Janeiro a Julho de 2023 incidiu no grupo de produtos “Energéticos” (54,4% do Total e 67,3% em 2022), essencialmente gás de petróleo em 2023, tendo predominado o Fuel em 2022, produto que não se importou em 2023.

Seguiram-se os grupos “Agro-alimentares” (29,1% e 12,6%), centrado no bacalhau, e “Químicos” (15,8% e 13,7%), principalmente acrilonitrilo, hidróxido de magnésio, ureia e misturas de nitrato de cálcio e de amónio.

As importações dos restantes grupos foram muito reduzidas, nulas ou praticamente nulas.

Na figura seguinte encontram-se os grupos de produtos desagregados por Capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2).

3.3 – Exportação

Nos primeiros sete meses de 2023 as principais exportações para a Fed.Russa couberam aos grupos de produtos “Agro-alimentares” (62,4% e 24,9% no mesmo período de 2022), como azeitonas preparadas, vinhos, preparações para alimentação de animais e café torrado, e “Máquinas, aparelhos e partes” (16,0% e 14,7%), muito diversificadas, principalmente diversos aparelhos aquecidos electricamente e caixas de fundição. 

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Calçado, peles e couros” (7,1% em 2023 e 8,2% em 2022), principalmente calçado com a parte superior em couro, “Madeira, cortiça e papel” (4,0% e 19,9%), designadamente folhas de madeira para folheados e contraplacados (não foi exportada em 2023 cortiça aglomerada, o principal produto no semestre homólogo), “Químicos” (3,1% e 9,4%), como chapas e folhas de plástico, enzimas, produtos cosméticos e corantes, “Têxteis e vestuário” (2,7% e 3,8%), principalmente redes para a pesca e outras, cordéis, cordas e cabos, produtos têxteis de mesa, toucador e cozinha, e artigos para guarnição de interiores, “Produtos acabados diversos” (2,6% e 10,5%), como pedra natural de cantaria ou construção, ladrilhos de cerâmica, aparelhos de iluminação, móveis e assentos, mesmo transformáveis em cama, e “Minérios e metais” (1,6% e 7,0%), designadamente prata, facas de vários tipos, barras e perfis de cobre, talheres em metais comuns, fogões de sala, de cozinha, grelhadores e aparelhos não eléctricos para aquecimento. As exportações dos restantes grupos de produtos foram muito reduzidas ou mesmo nulas.

Na figura seguinte encontram-se os grupos de produtos desagregados por Capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2).




ANEXO



Alcochete, 24 de Setembro de 2023.

 


segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Comércio Externo da Turquia e Portugal-Turquia - 2018-22 e Jan-Julho 2022-23

 

Comércio Externo da Turquia
Portugal-Turquia
2018-2022
Janeiro-Julho 2022-2023

( disponível para download  >> aqui )


1 - Introdução

Neste trabalho é feita uma breve análise do Comércio Externo da Turquia ao longo do período 2018-2022, com base em dados calculados pelo ’International Trade Centre’ (ITC) a partir de dados de fonte “Turkish Statistical Institute” (TURKSTAT).

Segue-se uma análise da evolução do Comércio Internacional de Portugal com este país entre 2018 e 2022 e período de Janeiro a Julho de 2022 e 2023, com base em versões definitivas do ‘Instituto Nacional de Estatística de Portugal’ (INE) para os anos de 2018 a 2022 e versão preliminar para o período em análise de 2023.

2 – Comércio Externo da Turquia (2018-2022)

2.1 – Balança Comercial

Entre os anos 2018 e 2022 a Balança Comercial da Turquia foi deficitária, com o saldo a situar-se em -104,7 mil milhões de Euros em 2022.

Em 2022 as importações aumentaram +51,5% face ao ano anterior e as exportações +27,5%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a situar-se em 69,9%.

O ritmo de crescimento anual das exportações face ao valor que detinham em 2018 manteve-se acima do ritmo das importações até 2021, tendo-se invertido a posição em 2022.

2.2 – Importação

Em 2022, numa análise das importações de mercadorias por grupos de produtos (ver definição do conteúdo dos grupos em Anexo), as principais importações na Turquia incidiram nos grupos“Energéticos” (26,5% do Total com 18,7% em 2021), “Minérios e metais” (20,8% e 25,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% e 18,8%) e “Químicos” (15,2% e 18,4%). Entre os restantes, de referir os grupos “Agro-alimentares” (6,4% e 6,6%), “Material de transporte terrestre e partes” (4,9% e 5,8%) e “Têxteis e vestuário” (4,2% e 4,3%).

De acordo com os dados calculados pelo ITC, em 2022 as importações turcas com origem em Portugal terão totalizado 1,3 milhões de Euros, cabendo os maiores pesos aos grupos de produtos “Calçado, peles e couros” (12,3% do grupo), “Madeira, cortiça e papel” (1,7%), “Têxteis e vestuário” (0,7%) e “Minérios e metais” (0,7%).

2.3 – Exportação

Em 2022 as principais exportações de mercadorias da Turquia incidiram no grupo de produtos “Minérios e metais” (21,0% com 23,2% em 2021), “Maquinas, aparelhos e partes” (14,3% e 14,6%), “Têxteis e vestuário” (13,9% e 15,3%), “Agro-alimentares” (11,8% e 11,1%), “Químicos” (11,5% e 10,6%) e “Material de transporte terrestre e partes” (10,7% e 11,2%).

Seguiram-se os grupos “Energéticos” (6,4% e 3,8%), “Produtos acabados diversos” (6,2% nos dois anos), “Madeira, cortiça e papel” (2,0% e 1,7%), “Aeronaves, embarcações e partes” (1,5% nos dois anos) e “Calçado, peles e couros” (0,8% em ambos os anos).

De acordo com os dados do ITC, em 2022 as exportações da Turquia para Portugal terão totalizado 1,4 milhões de Euros, cabendo os maiores pesos aos grupos “Madeira, cortiça e papel” (3,6% do grupo), “Calçado, peles e couros” (1,6%), “Minérios e metais” (1,2%), “Têxteis e vestuário” (0,6%) e “Químicos”  (0,5%).  

2.4 – Principais mercados

Em 2022 o principal mercado de origem das importações na Turquia foi a Rússia (16,2% do Total), seguida da China (11,4%).

Seguiu-se um conjunto de países não especificados (9,5%), a Alemanha (6,6%), a Suiça e os EUA (4,2% cada).

Do lado das exportações salientou-se a Alemanha (8,3% do Total), seguida dos EUA (6,6%), do Iraque (5,4%), do Reino Unido (5,1%) e da Itália (4,2%).

Portugal, de acordo com os dados do ITC, como já foi referido, em 2022 terá pesado 0,4% nas importações e 0,6% nas exportações.

3 – Comércio de Portugal com a Turquia                                                        (2018-2022 e Janeiro-Julho 2022-2023)

3.1 – Balança Comercial

A Balança Comercial de Portugal com o Turquia foi deficitária entre 2018 e 2022, bem como no período de Janeiro a Julho de 2022-2023.

Nos primeiros sete meses de 2023, face ao mesmo período do ano anterior, as importações decresceram -24,6%% e as exportações aumentaram +15,8%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a subir de 59,2% para 90,9%.


Face ao nível que detinham em 2018, entre 2018 e 2022, como se pode observar na figura seguinte, o ritmo de crescimento anual do valor das exportações, com uma desaceleração em ambas as vertentes em 2020, manteve-se sempre acima do ritmo de crescimento das importações.

3.2 – Importação

Numa análise por grupos de produtos (ver a composição dos grupos em Anexo), as principais importações portuguesas com origem na Turquia no período de Janeiro a Julho de 2023 incidiram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (24,7% e 21,6% em 2022), centrado em tractores, veículos de passageiros e para o transporte de mercadorias, suas partes e peças, “Químicos” (23,7% e 17,7%), principalmente hidrocarbonetos cíclicos e carbonatos, “Máquinas, aparelhos e partes” (16,2% e 9,5%), muito diversificadas, com destaque para os aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e congeladores, transformadores e conversores eléctricos, aparelhos de aquecimento diversos e máquinas de lavar roupa, entre muitos outros, “Têxteis e vestuário” (13,4% e 18,3%), com destaque para os fios de algodão, e “Minérios e metais” (11,6% e 24,3%), principalmente ferro, aço e suas obras, e alumínio e suas obras.

Com pesos inferiores a dois dígitos seguiram-se neste período os grupos “Produtos acabados diversos” (3,4% e 2,6%), “Agro-alimentares” (3,1% e 2,2%), “Madeira, cortiça e papel” (2,0% e 1,9%), “Calçado, peles e couros” (1,7% e 1,8%), “Energéticos” (0,2% com importação nula em 2022), tendo sido nulas nos dois anos as importações do grupo “Aeronaves, embarcações e partes”.

Na figura seguinte encontram-se os grupos de produtos desagregados por Capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2).

3.3 – Exportação

Nos primeiros sete meses de 2023 as principais exportações para a Turquia couberam aos grupos de produtos “Material de transporte terrestre e partes” (42,5% e 23,3% em 2022), com destaque para os automóveis de passageiros, “Madeira, cortiça e papel” (18,9% e 20,9%), como papel e cartão para escrita, impressão ou outros fins gráficos,  pastas de papel, cortiça aglomerada e suas obras, papel e cartão ‘kraft’, e “Químicos” (17,0% e 34,4%), principalmente ácidos policarboxílicos, pneus novos, colofónias e ácidos resínicos, polímeros de etileno e polímeros de cloreto de vinilo.

Seguiram-se os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (5,1% e 7,0%), muito diversificadas, como acumuladores, quadros, painéis e outros suportes eléctricos, caixas de fundição, fios e cabos eléctricos, partes de motores de pistão, e transformadores eléctricos, entre outros, “Energéticos” (4,9% e nulo em 2022), designadamente refinados de petróleo, “Têxteis e vestuário” (3,7% e 4,1%), com destaque para fibras sintéticas e artificiais, e tecidos impregnados para uso técnico, entre outros, “Calçado, peles e couros” (3,3% e 3,2%), em sua grande parte obras de couro e artigos de viagem, “Produtos acabados diversos” (2,0% e 2,2%), como obras de pedra, mobiliário, aparelhos de óptica, médicos, de medida ou de precisão, “Minérios e metais” (1,5% e 1,4%), como recipientes para gases, cordas e cabos, construções e suas partes, em ferro ou aço, talheres, guarnições, ferragens e semelhantes em metais comuns, “Agro-alimentares” (0,8% e 3,4%), como farinhas, pós e ‘pellets’, café, vinhos e produtos à base de cereais, e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2%  e 0,1%), designadamente embarcações de recreio ou de desporto.

Na figura seguinte encontram-se os grupos de produtos desagregados por Capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2).



ANEXO



Alcochete, 17 de Setembro de 2023.

 

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Comércio Internacional português de Cereais - 2020-2022 e 1º Sem 2022-2023

 

Comércio Internacional português de Cereais
2020-2022 e 1º Semestre 2022-2023

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

No presente trabalho analisa-se a evolução da importação e da exportação portuguesa de cereais, nas suas diversas componentes, ao longo dos últimos três anos e primeiro semestre de 2023 face ao semestre homólogo de 2022.

Em relação ao 1º Semestre, foram calculados índices de variação em Valor Volume e Preço e identificados os principais mercados de origem e de destino das importações e exportações globais e por componentes.

Para o efeito foram utilizados dados de base divulgados no Portal do Instituto Nacional de Estatística, em versão definitiva para 2022 e preliminar para 2023, com última actualização em 9 de Agosto de 2023.

2 – Balança Comercial

A Balança Comercial dos Cereais, com crescimentos sucessivos em valor nas duas vertentes comerciais, foi deficitária ao longo dos últimos três anos e 1º Semestre de 2023, com reduzidos graus de cobertura das importações pelas exportações. 

Em 2022 as importações portuguesas de cereais cresceram +53,6% face ao ano anterior, atingindo 1,4 mil milhões de Euros. Por sua vez, as exportações mais que duplicaram, ao situarem-se em 177 milhões de Euros. No 1º Semestre de 2023 aumentaram +5,9% face ao semestre homólogo do ano anterior, situando-se em 699 milhões de Euros, tendo as exportações crescido +52,6%, ao atingirem 96 milhões de Euros.

Em 2022 o grau de cobertura (Cif/Fob) das importações pelas exportações foi de apenas 12,4%, tendo-se situado em 13,7% no 1º Semestre de 2023.

3 – Importação

No período em análise as principais importações incidiram no Milho, Trigo e mistura com Centeio, Arroz e Cevada.

No 1º Semestre de 2023 as importações de Milho representaram 45,3% do Total dos Cereais, contra 48,9% em 2022, as de Trigo/Centeio 31,2% em cada um dos semestres, as de Arroz 11,2% e 11,3% respectivamente e as de Cevada 10,5% em 2023 e 6,9% em 2022.

O conjunto das importações dos restantes Cereais, como Centeio, Aveia, Sorgo de grão e outros, representou 1,6% em 2023 e 1,7% em 2022.

Em anexo pode observar-se a desagregação destes cereais a seis ou oito digítos da Nomenclatura Combinada (Anexo-1).

3.1 – Índices de Valor, Volume e Preço (1º Semestre 2023/2022)

A partir do cálculo, por componentes, dos índices de preço de Paasche das importações de Cereais no 1º Semestre de 2023, a preço do semestre homólogo de 2022, utilizados como deflatores dos índices de valor, foram calculados os correspondentes índices de volume.



4 – Exportação

No período em análise as principais exportações portuguesas de Cereais incidiram em Arroz, Milho e Cevada. No 1º Semestre de 2023 as exportações de Arroz representaram 47,8% do Total, contra 74,1% em 2022), as de Milho 28,0% (21,0% em 2022) e as de Cevada 18,8% (1,1% em 2022).

Milho, Trigo e mistura com Centeio, Arroz e Cevada. as importações de Milho representaram 45,3% do Total dos Cereais, contra 48,9% em 2022, as de Trigo/Centeio 31,2% em cada um dos semestres, as de Arroz 11,2% e 11,3% respectivamente e as de Cevada 10,5% em 2023 e 6,9% em 2022.

Em anexo pode observar-se a desagregação destes cereais a seis ou oito digítos da Nomenclatura Combinada (Anexo-2).

4.1 – Índices de Valor, Volume e Preço (1º Semestre 2023/2022)

A partir do cálculo, por componentes, dos índices de preço de Paasche das importações de Cereais no 1º Semestre de 2023, a preço do semestre homólogo de 2022, utilizados como deflatores dos índices de valor, foram calculados os correspondentes índices de volume.

5 – Mercados de origem e de destino dos Cereais


5.1 – Mercados das importações por componentes



5.2 – Mercados das exportações por componentes





ANEXO-1


ANEXO-2


Alcochete,. 11 de Setembro de 2023


domingo, 10 de setembro de 2023

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro a Julho de 2023

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro a Julho de 2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Julho de 2022 e 2023, com 2022 em versão definitiva e 2023 em versão preliminar, com última actualização em 8 de Setembro, as exportações de mercadorias em 2023 aumentara, em termos homólogos, +1,2% (+564 milhões de Euros), a par de um decréscimo das importações de -0,6% (+381 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +1,4% (+441 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +0,9% (+123 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +6,8% (+2955 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -17,2% (-3336 milhões de Euros).

O défice comercial externo (Fob-Cif), -5,7% face a 2022, situou-se em -15639 milhões de Euros (inferior em 845 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 2054 milhões no comércio intracomunitário e uma redução de 3459 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 73,7%, em 2022, para 75,0%, em 2023.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Julho de 2023 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 735 Euros/Ton, no mesmo período de 2022, para 564 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Agosto).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 11,5% no total das importações em 2023 e 6,6% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em 2023 sobe de 75,0%, no comércio global, para 79,3%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No período em análise de 2023 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,8% do Total, cresceram +1,4%, contribuindo com +1,0 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +1,2%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,2% do Total), cresceram +0,9%, contribuindo com +0,3 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2023 foram a Espanha (25,5%), a França (13,5%), a Alemanha (11,0%), os EUA (6,2%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,6%), Angola (1,7%) e a Polónia (1,5%), que representaram 74,6% do total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2022, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um aumento de +5,0% nas nossas exportações (+38,6 milhões de Euros).

Ocorreram decréscimos nos grupos de produtos “Agro-alimentares” (-15,8 milhões de Euros), “Madeira, cortiça e papel” (-12,4 milhões), “Têxteis e vestuário” (-2,6 milhões), “Calçado, peles e couros” (-2,0 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-1,6 milhões de Euros).

Os acréscimos incidiram nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (+45,0 milhões de Euros), “Minérios e metais” (+9,3 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+8,5 milhões), Químicos (+4,6 milhões), “Produtos acabados diversos” (+3,6 milhões) e “Energéticos” (+2,1 milhões de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+1,2%) pertenceram à França (+1,1 p.p.), a Marrocos (+0,5 p.p.), à Bélgica (+0,3 p.p.), à Alemanha, Turquia e China (+0,2 p.p. cada) e `Polónia, Roménia, Brasil e Eslováquia (0,1 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam aos EUA (-0,72 p.p.), aos Países Baixos (-0,37 p.p.) e à Itália (-0,30 p.p.). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em França, Bélgica, Alemanha, Polónia, Roménia, Eslováquia, Provisões de Bordo, República Checa, Hungria e Bulgária. Os maiores decréscimos ocorreram com os Países Baixos, Itália, Dinamarca, Finlândia, Irlanda e Lituânia.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se Marrocos, a Argélia, o Japão, a Turquia, a Austrália, a China, os Emiratos Árabes Unidos, a Arábia Saudita, o Brasil e Angola.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os dos EUA, de Gibraltar, do Panamá, da Argentina, das Provisões de Bordo, da Noruega e do Catar.

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Julho de 2023 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 74,2% do total, registaram um acréscimo de +6,8% e contribuíram com +4,7 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de -0,6%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -17,2% representando 25,8% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de -5,3 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2023 foram a Espanha (33,4% do Total), seguida da Alemanha (11,5%), da França (6,8%), dos Países Baixos (5,3%), da Itália (4,9%), da China (4,7%), do Brasil (3,9%), da Bélgica (3,1%), dos EUA (2,5%) e da Polónia (2,1%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,2% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (-0,6%) destacou-se o da Espanha, (+1,6 p.p.), seguida da Irlanda (+1,1 p.p.), da França (+0,8 p.p.), da Alemanha (+0,5 p.p.), da Polónia (+0,4 p.p.), dos Países Baixos, Ucrânia, e Rep. Checa (+0,2 p.p. cada), do Reino Unido e China (+0,1 p.p. cada). da Itália e Ucrânia (0,3 p.p. cada) e da Suíça e China (0,1 p.p. cada). Os principais contributos negativos incidiram no Brasil (-0,9 p.p.), na Nigéria e EUA (-0,8 p.p. cada) e no Azerbaijão (-0,6 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária e nos Países Terceiros, entre o  período de Janeiro a Julho de 2023 e de 2022.


4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Julho de 2023, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2086 milhões de Euros), ao Reino Unido (+1467 milhões), aos EUA (+1377 milhões), a Angola (+704 milhões) e a Marrocos (+369 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-8940 milhões de Euros), seguida da China (-2625 milhões), da Alemanha (‑2043 milhões), do Brasil (-1820 milhões) e dos Países Baixos (-1540 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

No período Janeiro-Julho de 2023, os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,2% do Total e +1012 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (13,6% e -295 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (13,3% e +890 milhões), “Agro-alimentares” (13,0% e +396 milhões) e “Minérios e metais” (10,2% e -283 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,7% e +416 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,8% e -197 milhões), “Madeira cortiça e papel” (6,9% e -351 milhões), “Energéticos” (6,5% e -1021 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,2% e +18 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -22 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2023 os grupos de produtos com maior peso foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7% do Total e +835 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (17,7% e +205 milhões), “Agro-alimentares” (15,3% e +974 milhões), “Energéticos” (11,5 %) e -3663 milhões) e “Material de transporte terrestre e partes” (12,2% e +1918 milhões).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,3% e -425 milhões de Euros),   “Produtos acabados diversos” (6,0% e +265 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,0% e -87 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,1% e -92 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e +63 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -230 milhões de Euros).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período em análise de 2023 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 25,5% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (2ª posição, depois das Provisões de Bordo Extra-UE), “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,5%), a Alemanha (11,0%), os EUA (6,2%), o Reino Unido e Irl NT (4,7%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,6%), Angola (1,7%) e a Polónia (1,5%).

Estes dez destinos representaram 74,6% da exportação total.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,5% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois da Alemanha, dos EUA e do Canadá).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,5%), a França (6,8%), os Países Baixos (5,3%), a Itália (5,0%), a China (4,9%), o Brasil (3,8%), a Bélgica (3,1%), os EUA (2,4%) e a Polónia (2,1%).

Estes dez países cobriram 78,4% da importação total.

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2023                       face a 2022, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 10 de Setembro de 2023.

 

ANEXO