sexta-feira, 12 de maio de 2023

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro a Março de 2023

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro a Março de 2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o 1º Trimestre de 2022 e 2023, em versões preliminares com última actualização em 10 de Maio de 2023, as exportações de mercadorias em 2023 aumentaram em valor, em termos homólogos, +13,2% (+2406 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +9,1% (+2271 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +8,9% (+1 184 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +25,0% (+1222 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +15,6% (+2753 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -6,6% (-483 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif) -2,0% ao situar-se em -6569 milhões de Euros (inferior em 135 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 1570 milhões no comércio intracomunitário e uma redução de 1705 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 73,1%, em 2022, para 75,8%, em 2023.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Março de 2023 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 639 Euros/ton, no mesmo período de 2022, para 585 Euros/Ton. 

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Abril).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 12,5% no total das importações em 2023 e 6,6% nas exportações, em 2023 o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe de 75,8%, no comércio global, para 80,9%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No 1º Trimestre de 2023 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,3% do Total, cresceram +8,9% contribuindo com +6,5 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +13,2%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,7% do Total), cresceram +25,0%, contribuindo com +6,7 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2023 foram a Espanha (25,4%), a França (13,3%), a Alemanha (11,0%), os EUA (6,8%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,8%), a Bélgica (2,5%), Angola (1,9%) e a Polónia (1,4%), que representaram 74,9% do total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2022, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um aumento de +26,0% nas nossas exportações (+78,9 milhões de Euros), envolvendo acréscimos nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (+36,7 milhões), Químicos (+14,9 milhões), “Minérios e metais” (+12,7 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+4,2 milhões), “Produtos acabados diversos” (+4,0 milhões), “Energéticos” (+2,3 milhões), “Agro-alimentares” (+1,9 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+1,4 milhões), “Calçado, peles e couros” (+715 mil Euros) e “Têxteis e vestuário” (+683 mil Euros) . 

O único decréscimo ocorreu no grupo de produtos “Madeira, cortiça e papel” (-592 mil Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+13,2%) pertenceram a Espanha (+2,0 p.p.), aos EUA (+1,9 p.p.), à França (+1,6 p.p.), à Alemanha (+1,4 p.p.), ao Reino Unido (+1,0 p.p.), a Marrocos (+0,5 p.p.), e às Provisões de Bordo, tanto Intra como Extracomunitárias, Angola e Brasil (+0,4 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam aos Países Baixos, Finlândia e Canadá (-0,1 p.p. cada). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em Espanha, França, Alemanha, Provisões de Bordo, Bélgica, Suécia, Eslováquia, Rep. Checa, Polónia, Roménia e Itália. 

Os maiores decréscimos ocorreram com os Países Baixos, Finlândia, Dinamarca e Letónia.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os EUA, Marrocos, a Argélia, o Japão, as Provisões de Bordo, Angola, o Brasil, a Austrália, a Turquia, e a África do Sul.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os do Panamá, do Catar, da Argentina, da Noruega e do Canadá.

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Março de 2023 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 74,9% do total, registaram um acréscimo de +15,6% e contribuíram com +11,1 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +9,1%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -6,6% representando 25,1% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de -1,9 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2023 foram a Espanha (33,2% do Total), seguida da Alemanha (11,4%), da França (6,8%), dos Países Baixos (5,1%), da Itália (4,9%), da China (4,4%), do Brasil (4,0%), da Bélgica (3,2%), da Irlanda (3,0%) e dos EUA (2,5%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,4% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+9,1%) destacou-se o da Espanha, (+3,9 p.p.), seguida da Irlanda (+2,6 p.p.), da França (+1,2 p.p.), do Brasil (+0,9 p.p.), da Alemanha (+0,8 p.p.), dos Países Baixos, Polónia e Itália (0,6 p.p. cada) e da Ucrânia (+0,4 p.p.).

Os principais contributos negativos incidiram na Federação Russa (-1,3 p.p.), no Azerbaijão (-1,0%), nos EUA (-0,9 p.p.) e na Nigéria (‑0,8 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária e nos Países Terceiros, entre o 1º Trimestre de 2023 e o de 2022.


4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Março de 2023, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+908 milhões de Euros), aos EUA (+706 milhões), ao Reino Unido (+647 milhões), a Angola (+295 milhões) e a Marrocos (+165 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-3793 milhões de Euros), seguida da China (-1006 milhões), da Alemanha (‑844 milhões), do Brasil (-821 milhões) e da Irlanda (-667 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos, tendo em atenção as alterações pautais de 2023 face ao ano anterior (ver ANEXO).

Em Janeiro-Março de 2023, à excepção dos grupos “Energéticos” e “Aeronaves, embarcações e partes”, todos os restantes registaram acréscimos no valor das exportações face ao mesmo período de 2022.

Os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,9% e +642 milhões face a 2022), “Químicos” (14,3% e +464 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (13,1% e +574 milhões), “Agro-alimentares” (12,7% e +322 milhões) e “Minérios e metais” (10,3% e +53 milhões).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,6% e +284 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,9% e +34 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,1% e +57 milhões), “Energéticos” (6,6% e -67 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,1% e +46 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -3 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2023, no período em análise, à excepção dos grupos “Energéticos”, “Têxteis e vestuário” e “Minérios e metais”, e do grupo “Aeronaves, embarcações e partes” com ‘crescimento nulo, foi positiva a taxa de variação homóloga em valor, face ao ano anterior, nos restantes sete grupos de produtos.

Os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (18,6% e +626 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,1% e +424 milhões), “Agro-alimentares” (14,6% e +674 milhões), “Energéticos” (12,5 %) e -505 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (11,6% e +871 milhões). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,0% e -35 milhões).  “Produtos acabados diversos” (5,7% e +158 milhões), “Têxteis e vestuário” (47% e -39 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,1% e +34 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e +60 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8% e ‘crescimento’ nulo).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no 1º Trimestre de 2023 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,2% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,3%), a Alemanha (11,0%), os EUA (6,8%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,8%), a Bélgica (2,5%), Angola (1,9%), a Polónia (1,4%) e as “Provisões de Bordo para países terceiros” (1,3%). Estes dez destinos representaram 71,6% das exportações totais.

 6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,2% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (3º lugar, depois da Alemanha e do Canadá).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,4%), a França (6,8%), os Países Baixos (5,1%), a Itália (4,9%), a China (4,4%), o Brasil (4,0%), a Bélgica (3,2%), a Irlanda (3,0%) e os EUA (2,5%).

Estes dez países cobriram 78,4% das importações totais.

7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2023                       face a 2022, por meses homólogos não acumulados



Alcochete, 12 de Maio de 2023.

 

ANEXO




terça-feira, 9 de maio de 2023

Contributos dos Grupos de Produtos e principais mercados para o 'crescimento' das exportações

 

Contributos dos Grupos de Produtos
e dos principais mercados
para o 'crescimento' das exportações
(2021-2022)

                               (disponível para download >> aqui)


1-Introdução

Apresentam-se neste trabalho, através de um conjunto de quadros e gráficos, os contributos dos grupos de produtos e dos principais mercados de destino para a evolução global das exportações portuguesas de mercadorias em 2022 face ao ano anterior, bem como, ao nível de cada grupo de produtos (ver Anexo), os seus principais mercados e respectivos contributos.

Os dados de base, extraídos do portal do "Instituto Nacional de Estatística" (INE), correspondem a uma versão definitiva para 2021 e a uma versão preliminar para 2022, com última actualização em 10-04-2023.

2 – Estrutura e contributos dos grupos de produtos

Os grupos de produtos com maior peso no total das exportações em 2022 foram “Químicos” (13,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,8%), “Agro-alimentares” (12,9%), “Material de transporte terrestre e partes” (11,8%) e “Minérios e metais” (10,5 %).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,3%), “Energéticos” (8,4%), “Têxteis e vestuário” (7,9%), “Madeira, cortiça e papel” (7,8%) e, com menor peso, os grupos “Calçado, peles e couros” (3,2%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

O maior contributo para a taxa de ‘crescimento’ das exportações (+23,0%) coube, em pontos percentuais, ao grupo “Energéticos” (+4,6 p.p.).

Seguiram-se, por ordem decrescente, os grupos “Químicos” (+3,2 p.p.), “Máquinas, aparelhos e partes” (+2,9 p.p.), “Agro-alimentares” (+2,5 p.p.), “Madeira, cortiça e papel” (+2,2 p.p.), “Minérios e metais” (+2,1 p.p.), “Material de transporte terrestre e partes” (+1,8 p.p.), “Produtos acabados diversos” (+1,7 p.p.), “Têxteis e vestuário” (1,1 p.p.), “Calçado, peles e couros” (+0,7 p.p.) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+0,2 p.p.).

Na figura seguinte pode observar-se os acréscimos do valor das exportações em todos os grupos de produtos em 2022, face ao ano anterior.


3 – Contributos dos principais mercados de destino                                    para a exportação global


Dez mercados, sendo seis do espaço comunitário, foram o destino de cerca de 2/3 das exportações portuguesas de mercadorias em 2022, com destaque para a Espanha (26,0% do Total) e para a França (12,4%).

Alinharam-se depois os EUA (6,5%), o Reino Unido/Irl.NT (4,9%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (4,0%), a Bélgica (2,4%), Angola (1,8%), as Provisões de Bordo para países terceiros (1,7%) e a Polónia (1,4%).

Todos estes países apresentaram contributos positivos para a taxa de variação homóloga das exportações em 2022 face ao ano anterior.

Os maiores contributos, em percentagem, couberam a Espanha (+26,0%), aos EUA (+10,4%) e à França (+9,2%).

Seguiram-se as Provisões de Bordo para países terceiros (+6,2%), os Países Baixos (+4,5%), a Itália (+4,3%), o Reino Unido/Irl NT (3,7%), Angola (+3,2%), a Bélgica (1,8%) e a Polónia (+1,0%).

 

4 – Contributos dos 10 principais mercados de destino                                em cada um dos Grupos de Produtos

Seguem-se, ao nível de cada grupo de produtos, quadros e gráficos relativos aos seus principais mercados de destino e respectivos contributos para as exportações do grupo.

4.1- Ago-alimentares



4.2- Energéticos




4.3- Químicos



4.4- Madeira, cortiça e papel



4.5- Têxteis e vestuário



4.6- Calçado, peles e couros


4.7- Minérios e metais



4.8- Máquinas, aparelhos e partes


4.9- Material de transporte terrestre e partes


4.10- Aeronaves, embarcações e partes



4.11- Produtos acabados diversos



ANEXO





Alcochete, 8 de Maio de 2023.




terça-feira, 2 de maio de 2023

Export/Import de Produtos Industriais Transformados por níveis (2018-2022)

 

Exportações e importações
de Produtos Industriais Transformados,
por níveis de intensidade tecnológica
(2018-2022)


(disponível para download >> aqui )


1 - Introdução

A evolução do nível de intensidade tecnológica das exportações e importações de Produtos Industriais Transformados (PIT), com maior valor acrescentado do que os restantes, tem um reflexo directo na balança comercial de mercadorias, sendo na exportação um importante indicador de desenvolvimento industrial.

Pretende-se neste trabalho analisar, a partir de dados de base de fonte INE para os anos de 2018 a 2021 em versões definitivas e 2022 em versão preliminar, com última actualização em 10/04/2023), a evolução do comércio internacional português destes produtos.

Os níveis de intensidade tecnológica considerados são os propostos pela OCDE, definidos com base na Revisão-3 da International Standard Industrial Classification(ISIC Rev.3: Alta tecnologia - 2423, 30, 32 33, 353; Média-alta tecnologia - 24 excl.2423, 29, 31, 34, 352, 359; Média-baixa tecnologia - 23, 25 a 28, 351 e Baixa tecnologia - 15 a 22, 36 e 37).

A partir da tabela correspondente ao ano de 2007, com recurso à “Classificação Tipo do Comércio Internacional” da ONU (CTCI/SITC Rev.3) e à “Nomenclatura Combinada” a oito dígitos em uso na União Europeia (NC-8), tomando-se em consideração as sucessivas alterações pautais anuais, foi construída uma tabela em NC-8 abrangendo o período de 2007 a 2022.

2 – Balança comercial dos Produtos Industriais Transformados                  por níveis de intensidade tecnológica

Ao longo do período de 2018 a 2022, o saldo (Fob-Cif) da balança comercial anual portuguesa de “Produtos Industriais Transformados” foi negativo, tendo-se verificado um acréscimo de quatro mil milhões de Euros em 2022, face ao ano anterior.

No período em análise foi negativo o saldo da Balança Comercial dos produtos de Alta e de Média-alta tecnologia, não suficientemente compensado pelos saldos positivos verificados nos produtos de Média-baixa e de Baixa tecnologia.


3 – Exportação de Produtos Industriais transformados,                              por níveis de intensidade tecnológica

Entre 2018 e 2022 o peso dos Produtos Industriais Transformados na exportação global oscilou entre 94,6%, em 2019, e 93,3% em 2021, tendo-se situado em 93,4% em 2022.

Em 2022, o maior peso entre os níveis de intensidade tecnológica incidiu na Baixa tecnologia (33,4% e 34,4% em 2021), seguida da Média-alta tecnologia (29,9% e 31,9%), da Média-baixa tecnologia (25,9% e 23,7%) e da Alta tecnologia (10,8% e 9,9%).

O peso dos produtos de Alta tecnologia no total das exportações de Produtos Industriais Transformados, que havia subido de 8,8% em 2018 para 11,5% em 2020, decaiu em 2021 para 9,9%, para recuperar parcialmente em 2022, atingindo 10,8% do total.

Aqui se enquadram, por ordem decrescente do seu peso em 2022, o “Equipamento de rádio, TV e comunicações” (34,9% do total deste nível), os “Instrumentos médicos, ópticos e de precisão” (30,0%), os “Produtos farmacêuticos” (25,6%), os produtos da área “Aeronáutica e aeroespacial” (4,8%) e o “Equipamento de escritório e computação” (4,7%).

O peso dos produtos de Média-alta tecnologia, que em 2019 havia atingido 32,6% do total dos Produtos Industriais Transformados, decresceu tendencialmente a partir de então, situando-se em 29,9% em 2022.

Aqui se englobam, por ordem decrescente do seu valor em 2022, os “Veículos a motor, reboques e semi-reboques” (39,5% do total deste nível), os “Produtos químicos excepto farmacêuticos” (22,5%), as “Máquinas e equipamentos n.e., principalmente não eléctricos” (20,5%), as “Máquinas e aparelhos eléctricos n.e.” (13,7%) e o “Equipamento ferroviário e de transporte n.e.” (3,8%).

Por sua vez, o conjunto dos produtos de Média-baixa tecnologia, após uma quebra entre 2018 e 2020, de 24,3% para 21,8%, viram o seu peso subir sucessivamente, atingindo 25,9% dos (PIT) em 2022.

Incluem-se aqui, por ordem decrescente do seu peso em 2022, produtos “Refinados de petróleo, petroquímicos e combustíveis nucleares” (29,7% do total deste nível), “Produtos da borracha e do plástico” (22,7%), “Fabrico de produtos metálicos, excluindo máquinas e equipamentos” (18,3%), “Metalurgia de base” (15,6%), “Produtos minerais não metálicos” (13,0%) e “Construção e reparação naval” (0,7%).

Por fim, nos produtos de Baixa tecnologia, após uma queda de 35,2% para 33,9% entre 2018 e 2019, assistiu-se a uma recuperação para 34,9% em 2020, decaindo sucessivamente nos dois anos seguintes, para se situar em 33,4% dos (PIT) em 2022.

Incluem-se a este nível os “Têxteis, vestuário, couros e calçado” (34,7%),  “Produtos alimentares, bebidas e tabaco” (31,5%), “Pasta, papel, cartão e publicações” (16,0%), “Manufacturas n.e. e reciclagem” (9,5%) e “Madeira e produtos da madeira e cortiça” (8,3%).

Entre 2018 e 2022 cresceu significativamente o ritmo de crescimento nominal das exportações de Produtos Industriais Transformados, com destaque para os produtos de Alta tecnologia e de Média-baixa tecnologia.

3.1–Partição das exportações entre espaço Intra e Extra UE-27                   em 2021 e 2022

As exportações de Produtos Industriais Transformados têm a União Europeia por principal destino (69,7% em 2022 e 71,0% em 2021).

No período em análise, o maior peso das exportações de Produtos Industriais Transformados coube aos produtos de Média-alta tecnologia (75,6% em 2022 e 75,5% em 2021).

Seguiu-se a Baixa tecnologia (70,6% e 70,5%), a Alta tecnologia (68,0% e 69,8%) e a Média-baixa tecnologia (62,4% e 66,0%).



4 – Importação de Produtos Industriais transformados,                              por níveis de intensidade tecnológica

O peso dos Produtos Industriais Transformados na importação global portuguesa, que em 2018 representava 84,0%, aumentou nos dois anos seguintes, atingindo 86,3% em 2000.

A partir de 2000 o seu peso decresceu sucessivamente, tendo-se situado em 81,2% em 2022.

Em 2022, o maior peso entre os níveis de intensidade tecnológica da importação incidiu na Média-alta tecnologia (36,9% e 37,9% em 2021), seguida da Baixa tecnologia (25,5% e 24,9%), da Média-baixa tecnologia (20,5% e 19,6%) e da Alta tecnologia (17,1% e 17,7%).

O peso dos produtos de Alta tecnologia no total das importações de Produtos Industriais Transformados, que havia subido de 15,9% em 2018 para 19,1% em 2020, decaiu sucessivamente a partir de então, situando-se em 17,1% em 2022.

Aqui se enquadram, em 2022, por ordem decrescente do seu peso, o “Equipamento de rádio, TV e comunicações” (35,9% do total deste nível), os “Produtos farmacêuticos” (28,9%), os “Instrumentos médicos, ópticos e de precisão” (16,9%), o “Equipamento de escritório e computação” (11,8%) e os produtos da área “Aeronáutica e aeroespacial” (6,5%).

O peso dos produtos de Média-alta tecnologia, que em 2019 havia atingido 40,2% do total dos Produtos Industriais Transformados, decresceu sucessivamente a partir de então, situando-se em 36,9% em 2022.

Aqui se englobam, por ordem decrescente do seu valor em 2022, os “Produtos químicos excepto farmacêuticos” (34,8%), os “Veículos a motor, reboques e semi-reboques” (30,7% do total deste nível), as “Máquinas e equipamentos n.e., principalmente não eléctricos” (20,5%), as “Máquinas e aparelhos eléctricos n.e.” (11,4%) e o “Equipamento ferroviário e de transporte n.e.” (2,6%).

Por sua vez, o conjunto dos produtos de Média-baixa tecnologia, num patamar entre 16,4% e 16,8% de 2018 a 2020, viram aa suas importações crescer nos dois anos seguintes, atingindo 20,5% em 2022.

Inclui-se aqui “Metalurgia de base” (34,5% do total deste nível), “Refinados de petróleo, petroquímicos e combustíveis nucleares” (24,2%), “Produtos da borracha e do plástico” (18,4%), “Fabrico de produtos metálicos, excluindo máquinas e equipamentos” (14,6%),  “Produtos minerais não metálicos” (8,1%) e “Construção e reparação naval” (0,3%).

Os produtos de Baixa tecnologia tiveram um comportameto irregular, mas tendencialmente decrescente, tendo decaído o seu peso de 27,0%, em 2018, para 25,5% em 2022.

Incluem-se aqui “Produtos alimentares, bebidas e tabaco” (44,4% do total deste nível), “Têxteis, vestuário, couros e calçado” (31,2%), “Manufacturas n.e. e reciclagem” (9,9%),  “Pasta, papel, cartão e publicações” (9,6%) e “Madeira e produtos da madeira e cortiça” (4,8%).


Entre 2018 e 2022 cresceu significativamente o ritmo de crescimento nominal das importações de Produtos Industriais Transformados, com destaque para os produtos de Média-baixa tecnologia e de Alta tecnologia.


4.1–Partição das importações entre espaço Intra e Extra UE-27                   em 2021 e 2022

As importações de Produtos Industriais Transformados têm a União Europeia por principal origem (77,8% em 2022 e 79,4% em 2021).

Em 2022, o maior peso nas importações de Produtos Industriais Transformados coube aos produtos de Média-alta tecnologia (80,5%, com 81,5% em 2021).

Seguiu-se a Baixa tecnologia (79,9% e 80,8%), a Média-baixa tecnologia (73,9% e 73,7%) e a Alta tecnologia (73,8% e 79,8%). 


Alcochete, 1 de Maio de 2023.