segunda-feira, 12 de junho de 2017

Série mensal - Abr 2017 - Comércio Internacional


Comércio internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado de Janeiro a Abril de 2017

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1 - Balança comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 9 de Junho de 2017, no período de Janeiro a Abril de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +12,8% face ao mesmo período do ano anterior (+2062 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +14,2% (+2741 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +8,5% (+1058 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +27,8% (+1004 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +9,9% (+1508 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +30,0% (+1234 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +21,4%, ao situar-se em -3848 milhões de Euros (um acréscimo de 679 milhões, cabendo 450 milhões ao comércio intracomunitário e 229 milhões ao extracomunitário).
Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações nos quatro primeiros meses do ano desceu de 83,6%, em 2016, para 82,5%, em 2017.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que nos quatro primeiros meses de 2016 se situou em 233 Euros/Ton, subiu para 365 Euros/Ton em 2017.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,8% e 7,7% no período de Janeiro-Abril de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos sobe nesse período de 82,5% para 86,4%.

2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações

No período acumulado de Janeiro a Abril de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,6% do total (77,5% em 2016), cresceram em valor +8,5%, contribuindo com +6,6 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +12,8%.
As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,4% do total em 2017 (22,5% em 2016), registaram um crescimento em valor de +27,8%, contribuindo com +6,2 p.p. para a taxa de crescimento global.

Os principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,9%), a França (12,6%), a Alemanha (11,2%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,4%), os Países Baixos (3,9%), a Itália (3,7%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,5%), Marrocos (1,5%) e a China (1,5%), conjunto de países que absorveu 78,0% das nossas exportações.
Angola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos, em termos homólogos, nas exportações da quase totalidade dos onze grupos de produtos considerados, registou nos primeiros quatro meses do ano apenas uma taxa de variação homóloga negativa, designadamente na área das aeronaves e embarcações.


Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações (+12,8%), couberam a Espanha (+2,7 p.p.), EUA (+1,7 p.p.), Angola (+1,1 p.p.), França (0,8 p.p.), Alemanha e China (0,7 p.p. cada), Itália (0,6 p.p.), Países Baixos (0,5 p.p.), Marrocos e Brasil (+0,4 p.p. cada).

O maior acréscimo do valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande distância pela França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Provisões de Bordo, e, com menor expressão, pela Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Polónia, Reino Unido, eslováqia,  Finlândia, Dinamarca e Irlanda. Os maiores decréscimos, pouco expressivos, couberam à Áustria e à Suécia.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, Angola, China, Brasil, Gibraltar, Provisões de Bordo, Gabão, Marrocos, México e Suíça.
Entre os maiores decréscimos figuram a Argélia, Moçambique o Egipto e  Ghana.

3.2 - Importações
No período de Janeiro a Abril de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 75,7% do total (78,7% em 2016), contribuíram com +7,8 p.p., para uma taxa de crescimento global de +14,2%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +30,0%, representando 24,3% do total (21,3% no período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +6,4 p.p..
Os onze principais mercados de origem das importações nos quatro primeiros meses do ano foram a Espanha (31,3%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,6%). Seguiram-se a Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a Bélgica (2,7%), a Federação Russa (2,6%), o Brasil (1,7%) e os EUA (1,6%), conjunto de países que representou 77,6% das nossas importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+14,2%) destacam-se a Espanha (+3,0 p.p.), Federação Russa (+2,4 p.p.) e a Alemanha (+2,1 p.p.). Seguiram-se os Países Baixos (+0,8 p.p.), a Itália, França, Arábia Saudita e Turquia (+0,5 p.p. cada), os EUA (+0,4 p.p.) e o Azerbaijão (+0,3 p.p.).


Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-1,0 p.p.), à Argélia (‑0,5 p.p.), à Irlanda e República Checa (-0,1 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores decréscimos e acréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.




4 – Saldos da Balança Comercial

No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif) coube a França (+626 milhões de Euros), seguido dos EUA (+616 milhões), do Reino Unido (+581 milhões), de Angola (+515 milhões) e de Marrocos (+226 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-2188 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1006 milhões), da Rússia (‑526 milhões), da Itália (‑519 milhões) e dos Países Baixos (-424 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2/SH-2) em uso na União Europeia foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias, representando 70,6% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,5% do total, com uma taxa de variação homóloga de +14,7%), “Químicos” (13,1% e TVH +11,6%), “Agro-alimentares” (12,2% e TVH +15,1%) “Material de transporte terrestre e partes” (10,6% e TVH +4,9%), “Têxteis e vestuário” (9,8% e TVH +3,4%), “Minérios e metais” (9,6% e TVH +16,5%) e “Produtos acabados diversos” (9,3% e TVH +8,4%).
Registaram-se acréscimos em termos homólogos em todos os grupos de produtos. Os maiores acréscimos, em Euros, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+571 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+360 milhões), “Agro-alimentares” (+291 milhões) “Minérios e metais” (+249 milhões) e “Químicos” (+247 milhões de Euros).



5.2 – Importações

No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,7% do total, foram “Químicos” (16,6% do total, com taxa de variação homóloga em valor de +6,2%), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,4%, TVH +17,1%), “Agro-alimentares” (14,9% e TVH +9,9%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,0% e TVH +10,6%) e “Energéticos” (11,8% e +58,4%).
Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos grupos “Energéticos” (+959 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+525 milhões), “Minérios e metais” (+323 milhões), “Agro-alimentares” (+297 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+274 milhões), “Químicos” (+213 milhões de Euros). O único grupo em que se registou uma quebra, de pouca monta aliás, foi “Calçado, peles e couros” (-22 milhões de Euros).



6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,9% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (3ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (11,2%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,4%), os Países Baixos (3,9%) a Itália (3,7%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,5%) e Marrocos (1,5%). Estes dez países cobriram 76,0% das exportações totais.
6.2 – Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar também em oito dos onze grupos de produtos, com 31,3% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos”, em 2º lugar, depois da Rússia, “Material de transporte terrestre e partes”, 2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 5º lugar, antecedida de Singapura, Canadá, Brasil e EUA.
Seguiram-se a Alemanha (13,8%), a França (7,6%), a Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a Bélgica (2,7%), a Rússia (2,6%) e o Brasil (1,7%). Estes dez países cobriram 76,0% das importações totais.




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