Balança Comercial de Bens e Serviços
Componentes dos Serviços
(2014-2016 e Janeiro-Março 2014-2017)
1 - Nota introdutória
O peso dos Serviços no total das exportações e das
importações de Bens e Serviços aumentou entre 2014 e 2016, em termos anuais e
no 1º trimestre de cada um dos anos, para decrescer ligeiramente no 1º
trimestre de 2017 em ambas as vertentes comerciais.
Se agregarmos a balança comercial de Bens,
tradicionalmente deficitária, com a balança de Serviços, superavitária, verifica-se
que o saldo (fob-fob) da balança global anual de Bens e Serviços, que se tornou
positivo a partir de 2011, cresceu significativamente de 2014 para 2016, passando
de 1891 milhões de Euros para 4065 milhões em 2016.
Numa análise trimestral, o
saldo foi negativo no 1º trimestre de 2014, (-415 milhões de Euros), tornando-se
positivo no 1º trimestre do ano seguinte (+254 milhões), para decrescer
sucessivamente até 2017 (72 milhões, de acordo com os dados ainda preliminares disponíveis).
Existe algum desfasamento entre os valores do comércio internacional de
Bens (mercadorias) quando considerados pelo INE ou pelo Banco de Portugal, explicado
por diferenças metodológicas pontuais na sua classificação.
No presente trabalho utilizam-se os dados de base
de Bens e Serviços disponibilizados pelo Banco de Portugal no seu portal, que
se encontravam disponíveis em 06-06-2017.
Na figura seguinte encontra-se
a balança comercial de Bens, de Serviços e do conjunto dos Bens e Serviços, segundo
séries não ajustadas e também ajustadas de sazonalidade, para os anos de 2014 a
2016 e período acumulado de Janeiro a Março de 2014 a 2017.
Entre
2007 e 2016, o ritmo de crescimento do crédito de Serviços (exportação) foi mais vivo do que o do débito (importação).
Após uma quebra verificada em
2009, na sequência da crise que abalou o mundo, assistiu-se a uma recuperação nas
duas vertentes. Mas enquanto que o crédito subiu sustentadamente até 2016, o
débito registou uma nova descida em 2012, para recuperar a partir de então.
No 1º
trimestre de 2017 as componentes dominantes no Crédito de Serviços (exportação) incidiram em “Viagens
e Turismo” (38,8%), seguidas de “Transportes”
(26,1%), de “Outros serviços fornecidos
por empresas” (18,7%) e serviços de “Telecomunicações,
informáticos e de informação” (5,7%).
Entre os diversos tipos de “Transportes” predominam os “Transportes
aéreos” (66,1% do total dos transportes, seguidos dos “Outros transportes”, que não marítimos, como o rodoviário (20,2%)
e dos “Transportes marítimos” (11,2%).
Nos “Outros
serviços fornecidos por empresas” sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (77,4% do
total), seguidos dos serviços de “Consultadoria
em gestão e outras áreas” (20,1%).
Por sua vez, nos serviços de “Telecomunicações, informáticos e informação” o destaque vai para
os serviços “Informáticos” (60,7%),
seguidos dos de “Telecomunicações” (37,5%).
No Débito de Serviços (importação) são as mesmas as principais componentes: “Viagens e Turismo” (27,6%), “Transportes” (24,1%), “Outros serviços fornecidos por empresas” (23,7%)
e “Serviços de telecomunicações,
informáticos e de informação” (8,1%).
Entre os “Transportes” sobressaem igualmente os “Transportes aéreos” (51,7%), mas assumem aqui alguma relevância os
“Transportes marítimos” (33,8%),
seguidos dos “Outros transportes” (10,2%),
onde se inclui o rodoviário. No âmbito dos serviços de “Telecomunicações, informáticos e de informação”, os serviços “Informáticos” e os de “Telecomunicações” registaram pesos
semelhantes, 48.9% e 48,2% respectivamente.
Seguem-se quadros e gráficos relativos à evolução
do Crédito e do Débito dos Serviços por componentes entre 2014 e 2016 e primeiros trimestres de
2014 a 2017, em valor, estrutura, taxas de variação homóloga e
contributos para o crescimento, bem como a balança comercial das componentes dos
Serviços nos mesmos períodos.
2 – Crédito e Débito dos Serviços por componentes
2.1 - Crédito
2.2 - Débito
3 – Balança Comercial das componentes dos Serviços
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