sábado, 23 de junho de 2018

Comércio Internacional Portugal-Rússia - 2014-2017 e Jan-Abril 2017-2018


Comércio Internacional de Mercadorias 
de Portugal com a Rússia
2014 a 2017
Janeiro-Abril de 2017 e 2018

(disponível para download > aqui )


1 – Nota introdutória
A Federação Russa, que designaremos aqui por Rússia, ocupou em 2017 e no período de Janeiro a Abril de 2018 a 9ª e a 11ª posição entre os mercados de origem das importações portuguesas de mercadorias, respectivamente com 2,3% e 1,4% do total. Entre os mercados de destino das nossas exportações ocupou o 37º lugar em 2017, com 0,3% do total e o 34º no período em análise de 2018, também com 0,3% do total.
Depois de se apresentarem alguns dados estatísticos sobre o comércio externo da Rússia nos últimos quatro anos, de fonte International Trade Centre (ITC) baseados em estatísticas COMTRADE da ONU, vai-se neste trabalho analisar a evolução das importações e das exportações de mercadorias entre Portugal e a Rússia no período de 2014 a 2017 e primeiros quatro meses de 2017 e 2018, agora com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 8 de Junho de 2018.
2 – Alguns dados sobre o comércio externo da Rússia
De acordo com os dados disponíveis, medidos em Euros, a Balança Comercial é favorável à Rússia, tendo o seu saldo decrescido sucessivamente entre 2014 e 2016, de 158,9 para 93,3 mil milhões de Euros, para inverter essa tendência em 2017, atingindo +115,9 mil milhões de Euros, com um grau de cobertura (fob/cif) das importações pelas exportações de 157,4%.


O principal parceiro da Rússia, em ambas as vertentes comerciais, é a China, com 21,2% das importações e 10,8% das exportações, em 2017.


No mesmo ano, Portugal representou apenas 0,2% das importações russas e 0,3% das exportações, tendo ocupado respectivamente a 57ª e a 50ª posição no respectivo “ranking”.
3 – Comércio de Portugal com a Rússia
3.1 – Evolução do peso do Rússia nas importações
         e nas exportações globais (2000-2017)
Embora com expressão pouco significativa, não ultrapassando os 2,3% do total das importações portuguesas de mercadorias em 2017 e 0,6% das exportações, em 2013, as trocas comerciais com a Rússia desde o início do século são tendencialmente crescentes nas duas vertentes.


3.2 – Balança Comercial

A Balança Comercial de Portugal com a Rússia é desfavorável a Portugal, tendo o défice aumentado ao longo dos últimos três anos, situando-se em -1,4 mil milhões de Euros em 2017.
Nos primeiros quatro meses de 2018, face a igual período do ano anterior, o saldo negativo reduziu-se para cerca de metade, situando-se em -259 milhões de Euros.


3.3 – Importações por grupos de produtos

Nos últimos quatro anos e período de Janeiro a Abril de 2018 as maiores importações incidiram no grupo de produtos “Energéticos” (ver conteúdo dos grupos em quadro anexo), que representou 73,7% do total no período em análise de 2018 (91,0% em igual período de 2017), essencialmente constituídos por petróleo bruto e alguns produtos refinados.
Seguiram-se, em 2018, os grupos “Agro-alimentares” (9,6% do total), principalmente peixe congelado, “Minérios e metais” (8,1%), com destaque para os laminados de ferro ou aço, “Químicos” (5,7%), principalmente compostos da função nitrilo e também alguns produtos da borracha, adubos e fertilizantes, e “Madeira, cortiça e papel” (2,1% do total), como madeira contraplacada ou folheada, papel e cartão “kraft” e papel de jornal.


Na figura seguinte os principais produtos transaccionados no âmbito de cada grupo de produtos no período em análise de 2017 e 2018, encontram-se definidos a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-4) em uso na União Europeia, coincidente a esse nível com o Sistema Harmonizado.


3.4 – Exportações por grupos de produtos

Nos primeiros quatro meses de 2018 as principais exportações para a Rússia inseriram-se no grupo de produtos “Agro-alimentares” (25,0% do total), com destaque para as tripas, bexigas e buchos, produtos hortícolas preparados, ovos, vinhos e tomate preparado.

Seguiram-se os grupos “Madeira, cortiça e papel” (21,5%), constituído principalmente por cortiça aglomerada e papel e cartão. e “Calçado, peles e couros” (15,9%), com destaque para o calçado de couro.
Seguiram-se os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (10,9%), muito diversificado, com predomínio dos moldes e caixas de fundição, “Material de transporte terrestre e partes” (9,1%), principalmente veículos automóveis para 10 passageiros ou mais, que não se haviam exportado no mesmo período do ano anterior, e “Produtos acabados diversos” (8,3%), com destaque para os assentos mesmo transformáveis em cama e outro mobiliário. De entre os restantes grupos de referir os “Químicos” (5,4%), “Têxteis e vestuário” (4,6%) e “Minérios e metais” (2,5%).
Na figura seguinte encontram-se definidos, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-4), os principais produtos transaccionados no âmbito de cada grupo.

    22 de Junho de 2018.


Sem comentários:

Enviar um comentário