domingo, 2 de junho de 2019

Balança Comercial de Bens e Serviços (2016-2018 e Jan-Mar 2016-2019)


Balança Comercial de Bens e Serviços
Componentes dos Serviços
2016-2018
Janeiro-Março 2016-2019

(disponível para download  >> aqui )


1 – Balança Comercial de Bens e Serviços

Utilizam-se neste trabalho dados de base constantes do Portal do Banco de Portugal, disponíveis em 28 de Maio de 2019.

Em termos anuais, o peso dos Serviços no total das exportações de Bens e Serviços (crédito) aumentou sustentadamente entre 2016 e 2018, de 35,2% para 36,1%. Numa análise do seu comportamento ao longo do 1º trimestre dos anos 2016 a 2019 verifica-se um decréscimo em 2017, seguido de recuperações sucessivas nos anos seguintes.


Por sua vez, o peso dos Serviços no total das importações de Bens e Serviços (débito) desceu, em termos anuais, de 18,4% em 2016 para 17,8% em 2018. Ao longo do 1º trimestre dos anos 2016 a 2019, assistiu-se a um decréscimo de 18,1% em 2016 para 17,2% em 2018, mantendo-se o seu peso no ano seguinte.

Se agregarmos a balança comercial de Bens, tradicionalmente deficitária, com a de Serviços, verifica-se que o saldo da balança global anual de Bens e Serviços (fob-fob) foi positivo entre 2016 e 2018, com saldos sucessivamente decrescentes, descendo de 3,8 mil milhões de Euros para 2 mil milhões. 


O saldo da balança por trimestres manteve-se positivo em 2016 (+143 milhões de Euros), tendo-se tornado sucessivamente negativo no 1º trimestre dos anos seguintes, descendo a -1725 milhões de Euros em 2019.

Existe algum desfasamento entre os valores do comércio internacional de Bens (mercadorias) quando considerados pelo INE ou pelo Banco de Portugal, explicado por diferenças metodológicas pontuais na sua classificação, sendo utilizados neste trabalho os dados veiculados pelo Banco de Portugal.


Na figura seguinte encontra-se a balança comercial de Bens, de Serviços e do conjunto dos Bens e Serviços, segundo séries não ajustadas e também ajustadas de sazonalidade, para os anos de 2016 a 2018 e primeiro trimestre de 2016 a 2019.

Entre 2007 e 2018, o ritmo de crescimento anual do crédito de Serviços (exportação) foi mais vivo do que o do débito (importação). Após quebras verificadas em 2009, na sequência da crise que abalou o mundo, assistiu-se a uma recuperação nas duas vertentes. Mas enquanto que o crédito subiu sustentadamente até 2018, o débito registou uma nova descida em 2012, para recuperar a partir de então.



A componente dominante no Crédito de Serviços (exportação) foi a de Viagens e Turismo”, com 51,5% do total em 2018 e 41,9% no 1º trimestre de 2019.

Seguiram-se nos dois períodos em análise os Transportes(21,4% e 25,5%, respectivamente), em que predominaram os “Transportes aéreos” (66,6% do total em 2018 e 66,2% no 1º trimestre de 2019), seguidos dos “Outros transportes”, que não marítimos, como o rodoviário (21,1% e 21,5% respectivamente) e dos “Transportes marítimos” (9,9% e 10,4%). Nos Outros serviços fornecidos por empresas(14,3% e 17,9%) sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (76,7% e 79,6% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas” (19,7% e 17,4%). Por sua vez, nos serviços de Telecomunicações, informáticos e informação (5,0% e 5,5%) o destaque vai para os serviços “Informáticos” (74,6% e 82,8%), seguidos dos de “Telecomunicações” (24,1% e 15,5%).
No Débito de Serviços (importação) são as mesmas as principais quatro componentes: Viagens e Turismo(30,3% em 2018 e 28,3% no 1º trimestre de 2019), Transportes (25,1% e 24,8%), Outros serviços fornecidos por empresas(22,1%) e 24,3%) e Serviços de telecomunicações, informáticos e de informação (6,3% e 5,1%).


Entre os Transportes sobressaem igualmente os “Transportes aéreos” (52,6% e 49,8%), mas assumem aqui alguma relevância os “Transportes marítimos” (34,6% e 37,8%), seguidos dos “Outros transportes” (9,0% e 8,9%), onde se inclui o rodoviário. Nos Outros serviços fornecidos por empresas sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (70,4% e 74,8% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas” (23,2% e 19,5%). Por último, no âmbito dos serviços deTelecomunicações, informáticos e de informação”, predominam os “Informáticos” (66,5% em 2018 e 71,0% no 1º trimestre de 2019), seguidos dos de “Telecomunicações” (29,91% e 25,0%).
Seguem-se quadros e gráficos relativos à evolução das componentes dos Serviços em valor, estrutura, taxas de variação homóloga, contributos para o crescimento em cada uma das vertentes, e respectiva balança comercial.

2 – Evolução das componentes dos Serviços

2.1 - Crédito



2.2 - Débito




2.3 – Balança Comercial





Alcochete, 1 de Junho de 2019.


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