Balança Comercial de Bens e Serviços
Componentes dos Serviços
2016-2018
Janeiro-Março 2016-2019
2016-2018
Janeiro-Março 2016-2019
Utilizam-se neste trabalho dados de base constantes
do Portal do Banco de Portugal, disponíveis em 28 de Maio de 2019.
Em termos anuais, o peso dos Serviços no total das exportações de Bens e Serviços (crédito)
aumentou sustentadamente entre 2016 e 2018, de 35,2% para 36,1%. Numa análise
do seu comportamento ao longo do 1º trimestre dos anos 2016 a 2019 verifica-se um
decréscimo em 2017, seguido de recuperações sucessivas nos anos seguintes.
Por
sua vez, o peso dos Serviços no total das importações
de Bens e Serviços (débito) desceu, em termos anuais, de 18,4% em 2016 para
17,8% em 2018. Ao longo do 1º trimestre dos anos 2016 a 2019, assistiu-se a um
decréscimo de 18,1% em 2016 para 17,2% em 2018, mantendo-se o seu peso no ano
seguinte.
Se agregarmos a balança comercial de Bens,
tradicionalmente deficitária, com a de Serviços, verifica-se que o saldo da balança global anual de Bens e
Serviços (fob-fob) foi positivo entre 2016 e 2018, com saldos
sucessivamente decrescentes, descendo de 3,8 mil milhões de Euros para 2 mil milhões.
O saldo da
balança por trimestres manteve-se positivo em 2016 (+143 milhões de Euros),
tendo-se tornado sucessivamente negativo no 1º trimestre dos anos seguintes, descendo a -1725 milhões de Euros
em 2019.
Existe algum desfasamento entre
os valores do comércio internacional de Bens (mercadorias) quando considerados pelo
INE ou pelo Banco de Portugal, explicado por diferenças metodológicas pontuais
na sua classificação, sendo utilizados neste trabalho os dados veiculados pelo
Banco de Portugal.
Na figura seguinte encontra-se
a balança comercial de Bens, de Serviços e do conjunto dos Bens e Serviços, segundo
séries não ajustadas e também ajustadas de sazonalidade, para os anos de 2016 a
2018 e primeiro trimestre de 2016 a 2019.
Entre 2007 e 2018, o ritmo de crescimento anual do
crédito de Serviços (exportação) foi
mais vivo do que o do débito (importação).
Após quebras verificadas em 2009, na sequência da crise que abalou o mundo,
assistiu-se a uma recuperação nas duas vertentes. Mas enquanto que o crédito
subiu sustentadamente até 2018, o débito registou uma nova descida em 2012, para
recuperar a partir de então.
A componente dominante no Crédito de Serviços (exportação) foi a de “Viagens e Turismo”, com 51,5% do
total em 2018 e 41,9% no 1º trimestre de 2019.
Seguiram-se nos dois períodos em análise os “Transportes” (21,4% e 25,5%,
respectivamente), em que predominaram
os “Transportes aéreos” (66,6% do
total em 2018 e 66,2% no 1º trimestre de 2019), seguidos dos “Outros transportes”, que não marítimos,
como o rodoviário (21,1% e 21,5% respectivamente) e dos “Transportes marítimos” (9,9% e 10,4%). Nos “Outros serviços fornecidos por empresas” (14,3% e 17,9%) sobressaem
os “Serviços técnicos relacionados com o
comércio e outros” (76,7% e 79,6% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas”
(19,7% e 17,4%). Por sua vez, nos serviços de “Telecomunicações, informáticos e informação” (5,0% e 5,5%) o
destaque vai para os serviços “Informáticos”
(74,6% e 82,8%), seguidos dos de “Telecomunicações”
(24,1% e 15,5%).
No Débito de Serviços (importação) são as mesmas as principais quatro componentes: “Viagens e Turismo” (30,3% em 2018
e 28,3% no 1º trimestre de 2019), “Transportes”
(25,1% e 24,8%), “Outros serviços
fornecidos por empresas” (22,1%)
e 24,3%) e “Serviços de telecomunicações,
informáticos e de informação” (6,3% e 5,1%).
Entre os “Transportes”
sobressaem igualmente os “Transportes
aéreos” (52,6% e 49,8%), mas assumem aqui alguma relevância os “Transportes marítimos” (34,6% e 37,8%),
seguidos dos “Outros transportes” (9,0%
e 8,9%), onde se inclui o rodoviário. Nos “Outros
serviços fornecidos por empresas” sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (70,4% e 74,8%
do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria
em gestão e outras áreas” (23,2% e 19,5%). Por último, no âmbito dos
serviços de “Telecomunicações,
informáticos e de informação”, predominam os “Informáticos” (66,5% em 2018 e 71,0% no 1º trimestre de 2019),
seguidos dos de “Telecomunicações” (29,91%
e 25,0%).
Seguem-se quadros e gráficos relativos à evolução das componentes dos Serviços em valor, estrutura, taxas de variação
homóloga, contributos para o crescimento em cada uma das vertentes, e respectiva
balança comercial.
2 – Evolução das componentes dos Serviços
2.1 - Crédito
2.2 - Débito
2.3 – Balança Comercial
Alcochete, 1 de Junho de 2019.
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