Comércio internacional português
no sector "Agro-alimentar"
(2017-2018)
(disponível para download >> aqui )
1 – Nota introdutória
Os produtos do sector “Agro-alimentar”
encontram-se repartidos por um elevado número de tipos de produtos no contexto
da agricultura e outros produtos alimentares e das indústrias alimentares.
Neste trabalho vamos analisar a
evolução das importações e das exportações dos produtos que integram os Capítulos
01 a 24 da “Nomenclatura Combinada” de mercadorias da União Europeia, que
designamos por grupo de produtos “Agro-alimentares”, por sua vez
desagregados em sete subgrupos (ver conteúdo em Anexo), para o período
de 2017 a 2018.
São aqui utilizados dados
estatísticos do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em
versão definitiva para 2017 e preliminar para 2018.
De sublinhar que na última década o
ritmo de ‘crescimento’ das exportações de produtos “Agro-alimentares” foi
superior ao das importações.
2 – Balança Comercial
A Balança Comercial dos produtos “Agro-alimentares”
é deficitária, com saldos da mesma ordem de grandeza em 2017 e 2018 (-3,8
milhões de Euros).
Em 2018, face ao ano anterior, as
exportações cresceram em valor +3,7%, contra +3,1% nas Importações.
Em volume, a taxa de variação anual homóloga
das exportações foi de +5,1% (+2,8% nas importações), com o preço das
exportações a descer -1,3% e o das importações a crescer +0,3%.
Em 2018, o grupo de produtos “Agro-alimentares”
ocupou a 3ª posição no “ranking” dos onze grupos habitualmente considerados em ambas as
vertentes comerciais, com um peso de 14,6% do Total nas importações e de 12,3% nas
exportações.
3 – Importações por Subgrupos de produtos
Entre os
sete subgrupos destacaram-se, em 2018, pelo seu peso, as importações de “Outros
agro-alimentares” (25,1% do Total), seguidos dos “Produtos da pesca”
(17,9%), das “Carnes e lacticínios” (15,2%), das “Conservas e
preparações alimentares” (15,1%), das “Oleaginosas, gorduras e óleos”
(12,3%), das “Frutas e hortícolas” (11,2%) e das “Bebidas alcoólicas”
(3,2%).
Os maiores
acréscimos em Euros verificaram-se nas importações de “Carne e lacticínios”
(+117 milhões), de “Frutas e hortícolas” (+87 milhões), de “Produtos
da pesca” (+58 milhões) e de “Conservas e preparações alimentares”
(+42 milhões de Euros). A única quebra ocorreu no subgrupo “Oleaginosas,
gorduras e óleos” (-19 milhões de Euros).
3.1 – Principais produtos importados
3.2 – Mercados de origem das
importações
Em 2018 o
espaço intracomunitário foi a origem de 78,2% das importações portuguesas de “Agro-alimentares”.
Ao longo da última década o ritmo de
‘crescimento’ das importações provenientes dos parceiros comunitários foi
tendencialmente crescente, sendo irregular o das originárias dos países
terceiros.
Em 2018 os principais mercados de
origem das importações do conjunto dos produtos “Agro-alimentares” foram
a Espanha (44,7% do Total), a França (6,8%), a Alemanha (6,4%) e os Países
Baixos (6,0%). Seguiram-se os dois países terceiros com maior peso, o Brasil
(6,2%) e os EUA (2,9%).
4 – Exportações por Subgrupos de produtos
Entre os
sete subgrupos destacaram-se, em 2018, pelo seu peso, as exportações de “Outros
agro-alimentares” (22,8% do Total), seguidos das “Conservas e
preparações alimentares” (17,9%), das “Bebidas alcoólicas” (13,8%), das
“Frutas e hortícolas” (13,8%), das “Oleaginosas, gorduras e óleos”
(12,6%), dos “Produtos da pesca” (11,7%) e das “Carnes
e lacticínios” (7,3%).
O maior
acréscimo em Euros verificou-se nas exportações de “Outros agro-alimentares”
(+130 milhões, cabendo +35 milhões aos cereais). Aumentaram também, em termos
homólogos, as de “Oleaginosas, gorduras e óleos” (+71 milhões de Euros),
de “Frutas e hortícolas” (+53 milhões) e de “Produtos da pesca”
(+27 milhões de Euros).
O único decréscimo ocorreu no subgrupo “Carnes e
lacticínios” (-29 milhões de Euros).
4.1 – Principais produtos exportados
4.2 – Mercados de destino das exportações
Em 2018 o
espaço intracomunitário foi o destino de 72,8% das exportações portuguesas de “Agro-alimentares”.
É maior a
quota dos países extracomunitários na vertente das exportações (27,2%) do que
na das importações (21,8%).
Ao longo da última década o ritmo de
‘crescimento’ das exportações com destino aos parceiros comunitários foi tendencialmente
crescente. Crescente foi também o ritmo das destinadas aos países terceiros até
2014, tornando-se irregulares a partir de então.
Em 2018 os principais mercados de destino
das exportações do conjunto dos produtos “Agro-alimentares” foram a Espanha
(35,9% do Total), a França (8,7%) e a Itália (7,6%). Seguiram-se o Brasil (5,8%),
Angola (5,4%), o Reino Unido (4,8%), os Países Baixos (3,6%), a Alemanha
(3,1%), os EUA (2,4%), a Bélgica (2,3%) e a Polónia (2,1%). Com menos de 2,0% cada alinharam-se depois Israel, a Suíça, o Canadá, Cabo Verde, a China, o Japão, a
Rússia, a Dinamarca e o Luxemburgo. Este conjunto de países representou 90,2%
do Total.
Alcochete, 21 de Julho de 2019.
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