domingo, 2 de fevereiro de 2020

Comércio Internacional de Bens de Equipamento - Jan-Nov 2018-2019


Comércio Internacional
de Bens de Equipamento
(Janeiro a Novembro de 2018-2019)

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1 - Nota introdutória
Pretende-se neste trabalho analisar a evolução recente do comércio internacional português de Bens de Equipamento, com alguma desagregação do tipo de produtos envolvidos. Os Bens de Equipamento, necessários para a produção de outros tipos de bens, porque incorporam tecnologias mais sofisticadas do que os restantes, têm maior valor acrescentado, sendo importante a análise da evolução das suas exportações. Por outro lado, a evolução das importações deste tipo de bens, em particular os destinados à manutenção de máquinas e equipamentos industriais, ampliações e criação de novas indústrias ou aquisição de material de transporte adequado, está directamente relacionada com a capacidade produtiva do país, e logo também com a dinâmica das exportações.
Utilizaram-se dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) para o período de Janeiro a Novembro de 2018 e 2019, provisórios para 2018 e preliminares para 2019, com última actualização em 9 de Janeiro de 2020.
Os Bens de Equipamento aqui considerados envolvem os códigos 41 (Máquinas e outros bens de capital, excepto material de transporte) e 521 (Material de transporte para fins industriais), constantes da Classificação por Grandes Categorias Económicas, Revisão-3 (CGCE-Rev3). Nos quadros que se seguem os produtos que os integram encontram-se descritos como “Ex” (parte de) a dois e quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, a partir de uma tabela de correspondência a oito dígitos.
2 - Balança Comercial dos Bens de Equipamento
Nos primeiros onze meses de 2019 a Balança Comercial de Bens de Equipamento foi deficitária, tendo o saldo negativo aumentado cerca de 1,7 mil milhões de Euros face a 2018, na sequência de um aumento de +29,9% nas importações, contra +14,0% nas exportações, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 67,9% para 59,5%.
Em 2019, no período em análise, os Bens de Equipamento representaram 14,2% do Total das importações e 11,4% nas exportações.

3 –Exportações de Bens de Equipamento por agrupamentos de produtos
No periodo em análise de 2019, mais de 50% das exportações de Bens de Equipamento reportaram-se a “Máquinas e aparelhos”,  quer “mecânicos” (32,8%) quer “eléctricos” (18,6%).
 Seguiram-se os “Aparelhos ópticos, de medida, de precisão ou médicos” (18,6%) e os “Veículos para dez ou mais passageiros, de mercadorias, tractores e reboques” (16,3%).
Com menor expressão alinharam-se depois os agrupamentos “Aeronaves” (5,4%), “Obras de ferro, reservatórios e recipientes para gases” (3,2%) e “Mobiliário diversos, como para dentistas, hospitais e escritório, entre outros” (3,1%).
Em quadro em anexo (Anexo-1), pode observar-se a desagregação a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada de todos os agrupamentos de produtos considerados como “Ex” da NC, com uma representatividade superior a 70% em todos os casos.
4 – Importações de Bens de Equipamento por agrupamentos de produtos
Nos primeiros onze meses de 2019 cerca de 1/3 das importações de Bens de Equipamento incidiram em “Máquinas e aparelhos mecânicos”.
Entre os principais agrupamentos de produtos, seguiram-se as importações de “Aeronaves” (25,5% do Total), com um fortíssimo acréscimo face a igual período do ano anterior (+2,1 mil milhões de Euros), de “Máquinas e aparelhos eléctricos” (18,3%), de “Veículos para dez ou mais passageiros, de mercadorias, tractores e reboques” (10,6%) e de “Aparelhos ópticos, de medida, de precisão ou médicos” (8,5%).
Entre os restantes agrupamentos de produtos, de referir as “Obras de ferro, reservatórios e recipientes para gases” (1,3%), “Mobiliário diverso, como para dentistas, hospitais e escritório, entre outros” (1,3%), as “Máquinas de jogos, de casino, carrocéis, baloiços e outros” (0,6%) e as “Ferramentas e objectos diversos em metais comuns” (0,6%)
No Anexo-2, à semelhança das exportações, pode observar-se a desagregação de todos os agrupamentos de produtos considerados, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada.

5 – Mercados de origem e de destino das importações e das exportações
      de Bens de Equipamento
Em 2019, no período de Janeiro a Novembro, 87,2% das importações de Bens de Equipamento tiveram origem no espaço Intra-UE (28). Por sua vez, no mesmo período, 74,6% das exportações tiveram a Comunidade por destino.

Os principais mercados de origem, no conjunto das áreas intra e extra comunitárias, foram a França (24,9% do Total), a Espanha (20,2%), a Alemanha (16,1%), os Países Baixos (7,6%) e a Itália (6,3%). Seguiram-se a China (3,7%), o Reino Unido (2,8%) e os EUA (2,5) e a Bélgica (2,0%).
Na vertente das exportações destacaram-se a Alemanha (16,5%), a França (15,7%) a Espanha (15,6%) e o Reino Unido (9,0%). Seguiram-se o Canadá (4,9%), os EUA (4,5%), Angola (3,2%), os Países Baixos (2,9%), a Eslováquia (2,3%) e a Itália (2,2%).

Alcochete, 2 de Fevereiro de 2020.

      ANEXO-1


      ANEXO-2



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