Comércio Internacional
de mercadorias
de Portugal com a China
2022-2023
Janeiro-Maio 2023-2024
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1 - Introdução
Na nomenclatura
internacional de países para efeitos estatísticos do comércio internacional
mantém–se a distinção entre China Continental (também designada por Interior da
China) e as actuais Regiões Administrativas Especiais de
Macau e Hong-Kong. Neste trabalho, ao referir-se “China” estamos a considerar apenas a
China Continental, sendo o comércio com Macau e Hong-Kong objecto de análises
autónomas.
Analisa-se neste trabalho
a evolução do comércio internacional de Portugal com a China nos anos de 2022 e
2023 e período de Janeiro a Maio de 2023 e 2024, com base em dados estatísticos
do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versão
definitiva para 2022 e 2023 e preliminar para 2024, com última
actualização em 10 de Julho de 2024.
2 – Comércio
de Portugal com a China
Ao longo do último quinquénio, o ritmo de evolução
anual do valor das importações portuguesas com origem na China (2019=100) foi sustentadamente
crescente, atingindo em 2022 um crescimento significativo face a 2019 (188,8%),
tendo desacelerado em 2023 (176,8%).
Por sua vez o ritmo das exportações portuguesas com
este destino, à excepção do ano 2020 (94,3%), manteve-se até 2022 ligeiramente
acima do nível de 2019, tendo registado um acréscimo significativo em 2023
(127,8%).
2.1 – Balança Comercial (2022-2023 e Janeiro-Maio 2023-2024)
A Balança Comercial de
mercadorias de Portugal com a China é fortemente deficitária. Em 2023, face ao
ano anterior, o défice decaiu -10%, tendo-se situado em cerca de -4,5 mil
milhões de Euros. Nos primeiros cinco meses de 2024, o défice da Balança
aumentou +0,7% em termos homólogos, atingindo cerca de -1,8 mil milhões de
Euros. O grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações situou-se
em 14,7% em 2023 e em 12,6% no período de Janeiro a Maio de 2024.
2.2- Importações por grupos de produtos
No período de
Janeiro a Maio de 2024 as principais importações de Portugal com origem na
China incidiram no grupo de produtos “Máquinas, aparelhos e partes”, a
grande distância dos restantes grupos (48,6% do Total em 2024 e 48,5% em 2023),
com destaque para as ‘máquinas e aparelhos eléctriicos’ (definição do
conteúdo dos Grupos de Produtos em Anexo).
Seguiram-se os
grupos “Químicos” (11,9% e 10,8%), “Produtos acabados diversos”
(9,9% e 8,7%), “Têxteis e vestuário” (8,4% e 8,0%) e “Minérios e
metais” (7,7% nos dois anos).
Com pesos
inferiores alinharam-se depois os grupos “Material de transporte terrestre e
partes” (4,2% e 5,3%), “Calçado, peles e couros” (4,0% e 3,5%), “Agro-alimentares”
(3,3% e 3,4%), “Madeira, cortiça e papel” (1,8% e 1,4%), “Aeronaves,
embarcações e partes” (0,2% e importações praticamente nulas em 2023),
centradas em embarcações, e Energéticos” (0,1% e 2,6%).
Na figura seguinte constam, por Grupos de Produtos,
os principais produtos importados nos anos de 2022 e 2023, desagregados a dois
dígitos da Nomenclatura (NC-2).
As principais
exportações no período de Janeiro a Maio de 2024 couberam ao grupo de produtos “Minérios
e metais” (35,1% em 2023 e 19,3% em 2024), com o cobre e suas obras em evidência.
Seguiram-se os
grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (18,8% e 19,5%), destacando-se as
máquinas e aparelhos eléctricos, “Madeira, cortiça e papel” (16,0% e
21,8%), principalmente pastas de papel e cortiça e suas obras, “Químicos”
(9,0% e 7,3%), com destaque para os artigos de
plástico e de borracha, “Agro-alimentares” (8,2% e 8,6%), principalmente
produtos da pesca e bebidas, “Têxteis e vestuário” (5,7% e 7,0%), como
artigos têxteis para uso técnico e vestuário de malha, “Produtos acabados
diversos”, (4,3% e 3,8%), principalmente aparelhos de óptica e de precisão,
“Calçado, peles e couros” (2,2% e 1,9%) e “Material de transporte
terrestre e partes” (0,7% e 0,8%), tendo sido praticamente nulas as
exportações dos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” e
“Energéticos”.
Na figura seguinte constam, por Grupos de Produtos,
os principais produtos exportados nos anos de 2022 e 2023, desagregados a dois
dígitos da Nomenclatura.
Alcochete, 12 de Julho de 2024.
ANEXO
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